sábado, 25 de fevereiro de 2017

Rápidos no gatilho

A vida política portuguesa não será muito diferente da que funciona nos restantes países europeus. Mas talvez sejamos mais rápidos no “gatilho”. Com efeito, basta que alguém se ausente por uns dias para que saia com um problema do governo e entre com um problema da oposição.
Assim, na ultima semana a problemática era o folhetim da CGD. Nesta semana a questão central são os offshores. É quase impossível acompanhar o desenrolar destas “estórias”, que mudam de rumo à rapidez do tiro de pistola.
Algo, porém, parece evidente. Trata-se, na maior parte dos casos, do sistema bancário nacional. E também parece evidente que nenhum partido está, neste campo, isento de responsabilidades. Continua a haver em Portugal – sabe-se lá porquê - uma espécie de subserviência do poder político à figura do banqueiro ou, se preferirmos, ao sistema financeiro. O que tem permitido aos bancos e aos que os comandam uma “ética” diferente daquela que se aplica ao comum dos mortais.
Talvez seja a altura de olhar para este comportamento de maneira diversa e dar a César o que é de César, ou seja, de delimitar muito bem o que é poder económico e o que é poder político e estabelecer regras claras no seu relacionamento, de modo a evitar que casos como os que referi, se tornem moeda corrente no nosso país. É que já nos bastam as complicações da banca internacional, que acabam sempre por afectar todos nós!

HSC 

2 comentários:

Silenciosamente ouvindo... disse...

Eu até concordo com a drª. Helena, mas será
que a classe política concorda?
Meus cumprimentos.
Irene Alves

Anónimo disse...

10 mil milhões de euros! 10 mil milhões!