terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Portugueses de primeira

Hoje o Diário de Notícias traz, em primeira página, algo que eu já há bastante tempo suspeitava. Isto é, que no sector das empresas públicas de transportes, haveria benefícios que não seriam muito conhecidos. O que se segue, transcrição do essencial da notícia, é a prova disso.

"Carris, Metropolitano de Lisboa e STCP atribuem complementos de reforma para permitir que os ex-funcionários ganhem o mesmo que na sua última remuneração. Só a Carris paga estes complementos a mais de 4750 antigos trabalhadores.

Baixas pagas, remédios à borla, complementos de reforma, 30 dias de férias. Estas são algumas das regalias e benefícios ainda em vigor nos acordos de empresa no sector dos transportes.

O Governo, através da tutela, fez um levantamento destas e de outras situações, tendo chegado a conclusões como a existência de trabalhadores de baixa que recebem como se estivessem ao serviço, assistência medicamentosa paga por inteiro ou viagens gratuitas para os funcionários da CP, incluindo reformados e familiares.

Só na Refer o custo com estas viagens ascende a quatro milhões de euros/ano. Está tudo num documento interno divulgado no dia em que os maquinistas da CP voltam a entrar em greve e em que os trabalhadores do metro de Lisboa param, alegando incumprimento do acordo de empresa no que respeita às horas extraordinárias.

Só que o hábito é falar da banca, em particular o Banco de Portugal... e esquecer que são aquelas empresas, com aqueles benefícios e mais alguns outros que ali não estão discriminados que, ao entrarem em greve, paralisam todo o país!

Claro que houve responsáveis por este tipo de acontecimentos. Mas, sabe-se lá porquê, ninguém fala do assunto. Memória curta, ou conveniência do momento?!

HSC

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