quarta-feira, 8 de abril de 2009

Em França

"La récession étant d'une violence exceptionelle, toutes les entreprises sont touchées. Il n'y aura donc aucun secteur dont la croissance accélérera en 2009, juste quelques-uns dont les ventes resteront stables par rapport à 2008"

(Palavras de Karine Berger, directora de Estudos da Euler Hermes)

O jornal Le Monde fazia, há dias, uma análise curiosa da crise financeira, onde se destacava que, apesar dela, certos sectores conseguem resistir e alguns até lucram.
Entre muitos outros, a construção civil, a siderurgia , a industria química, os transportes, oferecem previsões de crescimento desastrosas. Mas áreas existem que não parecem tocadas pela tormenta.
Destacam-se numa primeira categoria as empresas que produzem bens ou serviços vitais ou considerados como tal. Salientam-se o sector agro alimentar, cujo consumo privilegiado vai para as marcas dos distribuidores, as telecomunicações - nas quais ninguém dispensa, já, o telemóvel ou a net -, a energia, sobretudo a elécrica, que aquece os lares dos franceses e beneficia de contratos plurianuais e os serviços de saúde pessoais - medicamentos, ajuda domiciliária, guarda de crianças - que tiram proveito duma população envelhecida mas com uma dinâmica taxa de natalidade.
Numa segunda categoria estão os sectores que ganham com a crise e os novos comportamentos que ela provoca, como sejam as vendas à distância, a restauração rápida, o artesanato, a segurança, a vídeo-vigilância e os equipamentos de controle de acesso biométrico.
Depois duma leitura destas, a pergunta natural será inquirir se em Portugal haverá alguma semelhança com o quadro descrito.
Quais os sectores, além da banca - perdoem o sarcasmo - que entre nós estão nestas duas categorias? Vale a pena pensar!

H.S.C

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